super glamorosas

Isto é uma espécie de bar de NY, ultra sofisticado, nós todas a cair de lindas e elegantes! Só para quem gosta muito da Cláudia e, ao mesmo tempo, tem capacidade para brincar com as coisas sérias que estão a acontecer. Para ver quem tem os Manolos + giros, para debater quem usa a cor de verniz mais estonteante, e até, quem sabe, para podermos dizer umas coisas + a sério!

Friday, May 28, 2010

Hospital de S. João inicia programa de apoio personalizado a doentes com cancro da mama in Diário de Notícias

O Hospital de São João, no Porto, tem disponível desde o dia 25 um programa de acompanhamento personalizado a doentes com cancro da mama, desde o momento do diagnóstico até ao fim do tratamento.
O hospital vai contactar com as doentes para saber como é que elas estão, após os tratamentos.
“É o próprio hospital que vai entrar em contacto com as doentes para saber como é que elas estão, como é que se estão a sentir”, explicou à Lusa a directora do Serviço de Oncologia do S. João, Margarida Damasceno. Denominado “Tempo de Viver”, o projecto conta com uma equipa de enfermeiros especializados em oncologia, que irão “apoiar, acompanhar e fazer sentir a estas doentes que é tempo de viver, que têm de viver cada segundo, valorizar as coisas boas e reagir positivamente a elas”, sublinhou Margarida Damasceno. O programa vai funcionar através de contactos telefónicos regulares que vão ser efectuados por uma equipa de enfermeiros especializados do Hospital de S. João, que vão disponibilizando informação “clara e completa” de acordo com as orientações médicas. Margarida Damasceno disse ainda à Lusa que as doentes poderão também contactar o hospital, através de uma linha telefónica específica, para “tirar dúvidas e orientar alguma alteração”. O acompanhamento incide, sobretudo, na fase do tratamento de quimioterapia, que é “a fase mais complexa e mais assustadora do longo percurso que o doente terá de fazer”, sublinhou a médica. “A enfermeira funcionará também como o elo de ligação, uma vez que, sempre que necessário, as doentes serão encaminhadas para psicologia ou para o médico”, salientou a directora do Serviço de Oncologia. A responsável acrescentou que o programa inicia-se com as doentes com cancro da mama, mas o objectivo é alargá-lo a outras patologias. No âmbito desta iniciativa, que resultou de uma parceria entre o S. João e a Roche Farmacêutica, foram também já produzidos diversos folhetos com informação útil que pretende responder às principais dúvidas e questões dos doentes e seus familiares.

Monday, May 24, 2010

Vizinhos


É já amanhã, dia 25, que se comemora o Dia Mundial dos Vizinhos.

E nós somos “vizinhas” de blogues e amigas na realidade.
Pelo que venho relembrar, em nome de todas as SG que estamos sempre aqui prontas a dar um miminho, um sorriso, uma notícia (aliás muitas notícias) a todas as amigas desta cadeia virtual. Como dizíamos há um ano “não interessam as raças, religiões e politiquices. Não interessa se é loiro, moreno ou ruivo, não interessa se é cabeludo ou careca. Não interessa se tem penas, pelos ou escamas...”

Encontrei este texto na net bem interessante sobre os vizinhos:

Vizinho - " Quem fala aqui é o vizinho do 1003. Recebi, outro dia, consternado, a visita do zelador, que me mostrou a carta em que o senhor reclamava do barulho em meu apartamento. Recebi depois a sua própria visita pessoal - devia ser meia-noite - e sua veemente reclamação verbal. Devo dizer que estou desolado com tudo isso, e lhe dou inteira razão. O regulamento do prédio é explícito e, se o não fosse, o senhor ainda teria ao seu lado a Lei e a Polícia. Quem trabalha o dia inteiro tem direito ao repouso noturno e é impossível repousar no 903 quando há vozes, passos e músicas no 1003. Ou melhor, é impossível ao 903 dormir quando o 1003 se agita, pois como não sei o seu nome nem o senhor sabe o meu, ficamos reduzidos a ser dois números, dois números empilhados entre dezenas de outros. Eu, 1003, me limito a leste pelo 1005, a oeste pelo 1001, ao sul pelo Oceano Atlântico, ao norte pelo 1004, ao alto pelo 1103 e embaixo pelo 903 - que é o senhor. Todos esses números são comportados e silenciosos; apenas eu e o Oceano Atlântico fazemos algum ruído e funcionamos fora dos horários civis; nós dois apenas nos agitamos e bramimos ao sabor da maré, dos ventos e da lua. Prometo sinceramente adotar, depois das 22 horas, de hoje em diante, um comportamento de manso lago azul. Prometo. Quem vier à minha casa (perdão, ao meu número) será convidado a se retirar às 21:45 e explicarei: O 903 precisa repousar das 22 às 7 pois às 8:15 deve deixar o 783 para tomar o 109 que o levará até o 527 de outra rua em que ele trabalha na sala 305. Nossa vida, vizinho, está toda numerada; e reconheço que ela só pode ser tolerável quando um número não incomoda outro número, mas o respeita, ficando dentro dos limites de seus algarismos. Peço-lhe desculpas - prometo silêncio......mas que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em que um homem batesse à porta de outro e dissesse: ´Vizinho, são 3 horas da manhã e ouvi música em tua casa. Aqui estou.´ E o outro respondesse: ´Entra, vizinho e come do meu pão e bebe do meu vinho! Aqui estamos todos a bailar e cantar, pois descobrimos que a vida é curta e a vida é bela´.E o homem trouxesse sua mulher e os dois ficassem entre os amigos e amigas do vizinho entoando canções para agradecer a Deus o brilho das estrelas e o murmúrio da brisa nas árvores e o dom da vida, e a amizade entre os humanos, e o amor e a paz."

O curioso é que até já existe um sítio sobre os vizinhos: http://www.vizinhos.eu/index2.html

Friday, May 21, 2010

Fim-de-semana





Viver com Cancro: Perguntas e Respostas

A 20ª sessão informativa irá decorrer no próximo dia 26 de Maio de 2010 (Anfiteatro do Instituto de Oncologia de Lisboa, entre as 18.00 e as 19.30), focará o tema “Sobreviventes de Cancro na Criança/Adolescente e no Adulto"




Corrida da Mulher - Porto, 30 de Maio










Nesta data realiza-se no Porto a Corrida da Mulher pelas 10h30m. A partida faz-se na Rua 5 de Outubro com chegada na Avenida dos Aliados.
A corrida é dirigida a mulheres. Por cada mulher inscrita a SportZone doará 1 euro à Liga Portuguesa Contra o Cancro - Núcleo Regional Norte, valor que será destinado à Prevenção do Cancro da Mama.
As inscrições podem ser feitas no Clube de Veteranos do Porto, na Loja do Corredor e nas lojas SportZone ou em runporto.com, até ao dia 10 de Maio de 2009.
Valor da inscrição:2 € por pessoa
Entrega de dorsais e T-Shirts:Norte Shopping junto à Loja SportZone nos dias 28 e 29 de Maio, das 10h00 às 24h00.
Informações: tel. 220304726 ou 916190750 ou nos balcões SportZone http://www.corridadamulher.pt/

Pois é, mais uma sexta, mais uma semana que passa.
Não venho aqui falar do almoço de amanhã nem da maluqueira que vai nas mentes de todas...para não ferir susceptibilidades!
Como sou uma Chiken muito ajuizada venho dar as últimas novidades.
Está tudo a correr bem com a Mãe do Rui: (que anda atrapalhado com a Faculdade e sem tempo para blogues e afins) Amanhã tem o último tratamento de radioterapia (que decorreu sem problemas de maior), depois vai fazer um exame ao coração e começar a fisioterapia ao braço. Em Agosto é a próxima consulta.
A operação "tripla" da Geninha correu bem e está a recuperar conforme o previsto.
Parece que até domingo vai estar um tempo cheio de luz, calor e cor...e, esperamos, de boa disposição para todas!! Aproveitem bem!

Wednesday, May 19, 2010

"Esta espera mata-me"



"Esta espera mata-me" - Reportagem de Jorge Correia

O que se sente, como se reage, o que se faz quando se descobre que se tem cancro? Quanto custa tratar um doente com cancro? Que opções são tomadas pelos médicos? O repórter Jorge Correia tentou responder a estas e outras questões através de um caso clínico.

Emília Guerreiro teve dois cancros na mama separados por 6 anos. A reportagem da Antena 1 acompanhou a doente e verificou como os doentes são muitas vezes tratados como objectos dentro do sistema de saúde, em particular quando se coloca a hipótese de realizar um dispendioso tratamento inovador contra a doença. O valor dos tratamentos pesa nas escolhas médicas; medicamentos e tratamentos inovadores são muito mais eficazes mas também muito mais caros, aspecto que pesa nas opções médicas e que quase nunca é discutido com os doentes. "

Esta espera mata-me", é uma reportagem de Jorge Correia transmitida em Março de 2009 no programa de informação da Antena 1 "Este Sábado". Uma grande reportagem que venceu o Prémio de Jornalismo de Excelência Novartis Oncology.

Tuesday, May 18, 2010

Metusalém


"Cientistas descobriram o gene 'Metusalém'. Os portadores afortunados deste gene têm uma maior probabilidade de viver até aos 100 anos, mesmo que mantenham um estilo de vida pouco saudável.
Estes genes parecem proteger as pessoas contra os efeitos do fumo e uma má dieta e podem mesmo atrasar o aparecimento de doenças relacionadas com o envelhecimento como o cancro e doenças do coração, até três décadas.
Nenhum gene é uma fonte garantida de juventude. De acordo com novos estudos de famílias centenárias, o segredo para a longevidade reside provavelmente num 'conjunto' certo de genes. Esse tipo de combinação é no entanto extremamente rara — apenas uma pessoa em cada 10 mil atinge os 100 anos.
Os genes descobertos até ao momento parecem providenciar uma protecção extra contra doenças próprias do envelhecimento. Os centenários parecem ter maiores probabilidades de ter este tipo de genes embebidos no seu ADN.
«As pessoas que vivem mais tempo não têm menos genes que provoquem doenças ou envelhecimento» declarou Eline Slagboom da Universidade de Leiden, que lidera um estudo que envolve 3500 holandeses nonagenários. «Estas pessoas têm outros genes que impedem os genes que provocam doenças de serem activados. A longevidade está intrinsecamente ligada à genética e à hereditariedade».
Pensa-se que os genes Metusalém — nome bíblico do patriarca homónimo, que viveu até aos 969 anos — incluem a proteína Adiponectina, encontrada em cerca de 10 por cento dos jovens e em cerca de 30% das pessoas que vivem após a centena de anos." In Sol
E não resisto a colocar uma anedota (há tanto tempo que não o fazia):
É um casal de 80 anos, que está a começar a ter problemas de memória.Eles vão ao médico para serem examinados.O medico faz um check-up e diz aos velhinhos que não há nada de errado com eles, mas que seria bom ter um caderninho para anotar as coisas.
À noite, quando estão os dois assistindo TV, o velhinho levanta e a mulher pergunta:- Onde você vai?- À cozinha - responde ele.- Você não quer me trazer uma bola de sorvete? - pede ela.- Lógico! - responde o marido solícito.- Você não acha que seria bom escrever isso no caderno? - pergunta ela.- Ah, vamos! Qualé? Ironiza o velhinho - Eu vou me lembrar disso!Então ela acrescenta:- Então coloca calda de morango por cima. Mas escreve para não ter perigo de esquecer.- Eu lembro disso, você quer uma bola de sorvete com calda de morango.- Ah! Aproveita e coloca um pouco de chantilly em cima! - pede a velha - Mas lembre-se do que o médico nos disse... escreva isso no caderno! Irritado, o velhinho exclama:- Eu já disse que vou me lembrar!!Em seguida vai para a cozinha.
Depois de uns vinte minutos, ele volta com um prato com uma omelete.A mulher olha para o prato e diz:- Eu não disse que você iria esquecer ? Cadê a torrada?
Com este solinho que aí está toca a ficar bem disposto e com espírito bem positivo, para atrairmos só coisas boas para todas (os)!

Saturday, May 15, 2010

Ronda pelas Amigas

Pois lá andei a “cuscar” para saber as últimas das amigas e todas podemos ficar contentes com as Boas notícias da Gigi. É bom podermos gritar “Toma! Incha, porco!”.

A Nela deu uma entrevista sobre o Projecto Luz na revista Telenovelas
A Márcia está em recuperação e um pouco “impopocada”, (como diz a Lina) mas vai ficar nos “trinques” logo, logo, viu?
A Teresa P. anda a ver se não “ataca” mais coxinhas de frango e afins.
A Imel e a Mafalda vão participar na Corrida da Mulher, que é já amanhã, com partida nas traseiras da discoteca “Dock’s Club”, junto à Doca de Alcântara.
A Isabel Carvalho está a readaptar-se ao regresso ao trabalho.
A Loulou…já está em Angola.

A Natália , a Marina e a Eugénia precisam de uns miminhos especiais cheios de força.

A Maguie já não passa despercebida em lado nenhum.
O Rui Germano só pensa em noivas e casórios.

E todas nós estamos a aguardar o bom tempo, que se adivinha já a partir de domingo.

Quanto a notícias gerais: bom o Papa já cá esteve e já se foi embora, os impostos vão aumentar e vamos todas(os) apertar o cinto. E em Junho temos o Mundial. Nada de especial…


A Liga dos Amigos do Hospital Reynaldo dos Santos organiza, com o apoio da Câmara Municipal, a 4.ª “Caminhada Amor do Peito”, a favor de todas as mulheres com cancro. No dia 23 de Maio, pelas 10h, os participantes concentram-se nos Bombeiros de Vila Franca de Xira, estando o início da caminhada previsto para meia hora depois. No Largo da Câmara, a distribuição de flores lembrarão simbolicamente o significado da iniciativa. Está ainda prevista uma ligeira sessão de exercício físico e uma largada de balões no Parque Urbano de Vila Franca de Xira. As inscrições podem ser feitas no local da concentração. O custo é de 5,00€ (com oferta de t-shirt e de um Panamá) e a receita destina-se à aquisição de próteses para os doentes oncológicos. Participe e traga a família e os amigos!

Thursday, May 13, 2010

*



Tuesday, May 11, 2010

Hoje...

HOJE faz 3 anos que a Cláudia partiu...

E faz, é verdade, e o sorriso e a gargalhada da Cláudia vem-me sempre à cabeça mal acordo neste dia, de forma a que se sobreponha às horas angustiantes de há 3 anos atrás.

(Um abraço apertado aos pais da nossa Amiga, esperando que estejam cientes de que enquanto depender de nós ela será sempre lembrada e homenageada e não apenas nos 11 de Maio).

Mas HOJE também faz anos um grande amigo meu o qual foi operado no início do ano para mandar um cancro complicado aquela parte, por isso apetece-me falar dele.

E HOJE tambem temos a visita ao nosso país do Santo Padre, por isso também me apetece falar dele...porque HOJE vou poder estar com os meus filhos horas a fio de pé à espera de rezar junto com ele por todos nós. Não destaco para não ferir susceptibilidades de quem não comunga da mesma Fé mas apetece-me falar dele.

É, embora seja raro à vezes tenho mesmo que fazer ou dizer o que me apetece e HOJE é um desses dias! Por isso HOJE lembro a Cláudia com imensa saudade, e também o restante que referi porque acredito que tudo isto só pode trazer boas notícias a quem as espera para HOJE...

Bjs a tds mas um enorme e muito especial às SG's.

Sunday, May 09, 2010

Há 17 anos, sobrevivente do cancro da mama


Há 17 anos, sobrevivente de câncer de mama grave compartilha experiências na web

Por Katherine Russel Riche The New York Times

"Todos os anos, em janeiro – mais precisamente no dia 15 –, visito um site e posto uma mensagem para centenas de mulheres que eu nunca vi, dizendo, basicamente “Ainda estou aqui”.
Em poucos dias, um coro ensurdecedor aparece: 200 vozes, 300. Algumas perguntam: “Como pode isso?” Às vezes, elas dizem “Estou chorando”. Muitas respondem na mesma moeda: “Também estou aqui. Faz três anos”. “Cinco anos”. “Três meses”. “Sete”.
O que estamos fazendo, de certa forma, é verificar uma luz na escuridão.
Hoje, provavelmente não existem muitos sites onde a declaração de que você está vivo e respirando causaria algum efeito em alguém, quanto mais uma resposta. Mas este é um site para pessoas com câncer de mama estágio 4, algo que tive há 17 anos. A expectativa de vida média com esse diagnóstico é de 30 meses. Assim, é quase como se eu dissesse que tenho 172 anos: aparentemente impossível. Mas não é.
Descobri que tinha a doença em 1988, e ela foi novamente diagnosticada como estágio 4 em 1993. São 22 anos no total. Por isso, todos os anos eu posto no aniversário do dia em que fiquei sabendo que meu câncer tinha voltado: para que as mulheres saibam que isso acontece, que as pessoas podem, sim, viver com isso durante anos.
Eu digo a elas que, quando o câncer voltou, ele veio tão rápido, se espalhou tão depressa, que me disseram que eu teria um ano ou dois de vida. Em alguns meses, a doença se tornou cruel. Ela começou a quebrar ossos do meu corpo, a ponto de quase cortar minha espinha.
Nada funcionava, até que um médico tentou um tratamento hormonal que quase ninguém usava, e o câncer deu meia-volta e se retirou, resmungando. Ele continua ativo, mas preguiçoso. De vez em quando, ele entra em cena; quando isso ocorre, trocamos de tratamento e ele recua. Assim, eu continuo vivendo.
Eu digo a elas: A gente simplesmente não sabe.
Dois anos e meio depois do diagnóstico de câncer de mama estágio 4, confessei a minha mãe que os médicos tinham dito que eu teria dois anos de vida, no máximo. Eu tinha mantido em segredo essa informação, pois, se você fala, isso acaba acontecendo. Eu contei a situação rindo, como se estivéssemos contando histórias absurdas. “Bem, acho que você vai ter que esperar se cumprir esse prazo”, ela respondeu, com seu sotaque sulista, quando contei a ela sobre meu “prazo de validade”.
Passei os cinco anos seguintes esperando com ansiedade; depois, mais cinco anos. Eu executava todas as promessas de Ano Novo, do passado e do futuro, tudo de uma vez. Larguei o trabalho que tinha ficado chato e me tornei escritora. Escrevi um livro. Fui para a Índia, me apaixonei pela língua de lá. Depois, voltei lá para morar, fiquei um ano e aprendi híndi. Não percebi que o motivo pelo qual passei a não gostar daquele Lance Armstrong exageradamente vencedor era que seu comportamento era familiar demais para mim. Tire um cochilo, Lance! Eu pensava isso, mas na verdade eu mesma não conseguia tirar um cochilo.
Porém, se eu estava consumindo a vida em quantidades radicais, havia um motivo: ninguém tinha me dito que eu não morreria tão cedo. Depois de 12 anos, meu médico finalmente disse isso.
Impossível prever
Existe uma pequena subcategoria de pessoas com câncer de mama estágio 4, ao que parece, que vivem anos e anos. “Vinte, trinta”, disse meu médico, George Raptis. Esse grupo constitui cerca de 2% de todos os casos.
Os médicos não conseguem prever quem cai nessa categoria. Eles não sabem dizer se você faz parte desse grupo até que você já esteja nele – até que você tenha acumulado as milhas necessárias.
O motivo pelo qual eles não conseguem saber é que, apesar das campanhas quase sensacionalistas das fitinhas cor de rosa, apesar das centenas de milhões de dólares investidos na pesquisa sobre o câncer de mama, quase ninguém analisou o porquê dessa sobrevivência tão prolongada; nenhum médico se especializou nessa área.
Aqui está um resumo do que se sabe: as pessoas desse grupo tendem a ter uma doença que se espalha para o osso (não para o pulmão ou fígado, por exemplo) e se alimenta de estrógeno. Elas tendem a reagir bem a tratamentos hormonais. Fim da história.
No entanto, como Dr. Gabriel Hortobagyi, do M.D. Anderson Cancer Center, em Houston, me disse, também podemos encontrar mulheres cujo câncer de mama se espalha para órgãos além dos ossos, para quem a terapia hormonal não funciona, que tiveram suas lesões cirurgicamente removidas e que estão livres do câncer há 30 anos. Nenhuma dessas mulheres esperava viver tanto.
Não sabemos – e, infelizmente, nem os médicos sabem.
A Dra. Susan Love, cirurgiã das mamas, me disse que uma razão é que “muitos testes clínicos são financiados por empresas farmacêuticas por cinco anos”, obviamente um tempo insuficiente se você está pesquisando sobre sobreviventes no longo prazo. Porém, através de seu instituto, o Dr. Susan Love Research Foundation, ela começou a conduzir uma pesquisa nesse sentido.
A Dra. Love afirmou ter se inspirado num colega. Ele disse à médica que, na Segunda Guerra, especialistas em avião focavam em aeronaves que caíam, até que alguém disse: “Por que não estudamos aviões que permanecem no ar?” A Dra. Love acredita na esperança de cura.
Esperança
No site, digo às mulheres o quanto acredito que não existem falsas esperanças: toda esperança é válida, até mesmo para pessoas como nós, até quando a esperança já não parece mais ter lógica.
A própria vida não é lógica, eu digo. Ninguém pode afirmar, com total autoridade, o que vai acontecer – com o câncer, com um trabalho duvidoso, com todas as mudanças de sorte –, então é melhor se prender a qualquer luz que apareça no caminho.
Escrevi para elas (e para mim) que, obviamente, é difícil: a espera para ver, nos exames, se as sombras estão se multiplicando, a dor física, os surtos.
“Mas também existe alegria nessa vida”, eu digo, “e isso é importante lembrar. Esta doença não nos invalida. No ano passado, tive a alegria de me apaixonar pelos filhos da minha irmã, que mora muito longe e quem eu não tinha tido a chance de conhecer. Publiquei um segundo livro, no qual trabalhei por 8 anos, sobre ir à Índia com câncer de mama estágio 4. Também tive muitos momentos de alegria este anos, mas quando estou numa fase negra, esqueço tudo isso”. Então, peço que elas escrevam sobre os momentos delas, e as luzes começam a brilhar.
“Fiz uma festa do pijama com minha amiga mais antiga, rimos a noite toda, de pijama igual, relembrando os velhos tempos”.
“Fiquei em segundo lugar numa competição de bridge”.
“Fiz uma viagem maravilhosa e fui acampar com minha família”.
“Ver minha filha mais velha ficar mais alta que eu”.
Uma coisa que eu nem penso em dizer: quando me disseram que eu teria um ano ou dois de vida, eu não queria nada do que as pessoas esperariam: nenhuma viagem incrível às ilhas Galápagos, nenhuma refeição perfeita no Alain Ducasse, nenhum Maserati vermelho. Tudo que eu queria era minha vida normal de volta – pois a vida comum (isso se tornou extremamente claro) é mais valiosa do que qualquer outra coisa.
Não penso em dizer isso, nunca direi. As mulheres do site já sabem."

Thursday, May 06, 2010

Opinião por Miguel Esteves Cardoso


Ainda ontem Hoje
Por Miguel Esteves Cardoso
in jornal Públco
Agora, nestes últimos dias, não consigo pensar ou falar noutra coisa. Hoje a Maria João leva o último escaldão da radioterapia. Está cansada. Passou por muito. Desde Agosto até hoje.
Tantas vezes ouvimos dizer que as viagens de mil milhas começam com um passo que nos esquecemos que é verdade. A distância não interessa. É a recompensa da contagem. Segue-se um segundo passo. E o terceiro fica sempre mais perto. Mesmo que só se dêem dez passos, foram dez passos dados. É melhor este consolo aritmético, dos números a mudar e a crescer, do que a ilusão de que mais valia ficar parado.
Antes de começar a quimioterapia, contávamos os dias até começar: "Só faltam dois dias para começar a envenenar o cabrão do cancro." Nos dias a seguir, quando o veneno sobrava para tratar da saúde à saúde, contávamos os dias que faltavam para o próximo envenamento: "Ainda temos duas semanas!" Nos intervalos, vivemos e amámo-nos, como se os tratamentos é que fossem intervalos e os intervalos, comparados com o tamanho e a duração da nossa vida e do nosso amor, fossem pagamentos em dor, pelo prazer e pela alegria maior de podermos continuar os dois vivos e apaixonados. Não foi só um susto que apanhámos. Continuamos assustados. Mas os dias passaram e todos os dias demos um passo. Às vezes caímos. Mas às vezes passeámos. As quedas foram más, mas foram um bom preço para os passeios.
Os dias têm números; os números ajudam; a vida vale a pena, mas precisa de ajuda; de ser vivida. Obrigados.
Muita força para a Marina do http://careca-loira.blogspot.com/ .
E para todas as amigas que estão a passar momentos menos bons com os tratamentos.

Wednesday, May 05, 2010

O Livro











O Livro das Amigas do Peito e do Coração
uma simples dedicatória.



"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis
e pessoas incomparáveis.” por Fernando Pessoa

Sunday, May 02, 2010

Quem Não tem Cão...Caça com gato!


Hoje, 4 de Maio a nossa amiga alentejana, a Carminho está de parabéns! Montanhas de felicidades e um resto de dia excelente!



Foi mais um dia muito bem passado.
Foi o XI Encontro das Amigas do Peito de do Coração.

Conhecemos novas amigas, reencontrámos outras e as que não puderam estar presentes também foram mencionadas.

Tivémos ainda , em 1ª mão e em exclusivo, uma apresentação especial do "Ambrósio" (Zé Manel) e da "Miquelina" (Alda) com o realizador Fellini (Manuela de Alcobaça) e as seus assistentes: a claquete (IsaLenca) e a espectacular camera woman (Cacilda).

Aqui na foto todas as actrizes do Rosa Esperança com o seu "Fellini" .
O melhor...acontece sempre que estamos juntos!

E para quem não leu aqui fica a notícia deste encontro, que foi publicado no jornal Gazeta das Caldas


“Amigas do Peito e do Coração” amanhã na Foz do Arelho
Vai realizar-se amanhã, 1 de Maio, a partir das 10h30, o XI Encontro das “Amigas do Peito e do Coração”, na Foz do Arelho. Trata-se de uma iniciativa que reúne mulheres que sofreram de cancro e, segundo a organização, está prevista a participação de 60 pessoas que vêm de todo o pais.
O encontro decorrerá num local ao ar livre, próximo da Escola de Vela. Cada participante levará o seu farnel e aconselha-se roupa e calçado prático pois haverá jogos e teatro durante a realização desta iniciativa." - http://www.gazetacaldas.com/Desenvol.asp?NID=30133