Carnaval com mensagem a todas as mulheres
Carnaval é altura de brincadeiras, de máscaras, dos foliões sairem à rua.
E também é altura para deixar umas mensagens de ESPERANÇA a todas as mulheres. Aqui ficam dois exemplos:
D. José o Ramalheta e D. Márcia da Malta, reis do Carnaval de
Ovar in jornal Praça Pública
Já dizia o ditado que por detrás
de um grande homem está sempre uma grande mulher e este Carnaval de Ovar é a
prova disso. Ao lado de um dos mais antigos foliões de Ovar está uma mulher
exemplo para todas as outras. Márcia Pereira, a conhecida rainha D. Márcia da
Malta, foi vítima de cancro da mamã no ano passado, com apenas 31 anos, e apesar
de ter sido sujeita a uma mastectomia, não baixou os braços e tem lutado para
vencer a doença. Aproveitando o convite feito pela Fundação do Carnaval para ser
rainha, Márcia decidiu logo que seria uma forma de poder dar força e esperança a
todas as mulheres e dizer que é preciso lutar e não baixar os braços, porque a
vida continua.
Este ano a rainha vai aproveitar o papel de destaque para transmitir uma
mensagem a todas as mulheres.
- Sim. Quero aproveitar esta oportunidade para deixar uma mensagem de
esperança acima de tudo e dizer que a vida não para aqui. Ela não termina quando
nos aparece uma doença, a vida continua. Temos de vivê-la intensamente e de dia
para dia tentar fazer sempre tudo que temos vontade de fazer, porque não sabemos
o dia de amanhã. Todas devemos ser o mais otimistas possíveis. Há sempre alguém
pior do que eu, há sempre alguém que não se mexe, que não tem braços, que não
tem pernas e eu graças a Deus posso não ter uma parte do meu corpo, mas eu posso
caminhar, posso sair, posso fazer praticamente tudo.
Como é que surgiu a doença?
- Eu já tenho antecedentes familiares com cancro da mama e uma vez quando
estava a fazer a apalpação em casa descobri que tinha um nódulo. Entretanto fui
ao médico e após duas biopsias, ecografias e mamografias eles chegaram à
conclusão que tinha cancro da mama.
Sendo uma mulher jovem como é que reagiu?
- Eu reagi muito bem mesmo, contrariamente à reação que a maior parte das
mulheres tem. A maior parte quando se depara com a doença pensa que é o fim da
vida e fica depressiva. Eu reagi de uma forma completamente oposta. Pensei logo
que se me estava acontecer a mim era por algum motivo e, por isso, tinha que
aceitar e viver assim. Passados cinco dias percebi o motivo.
O que aconteceu?
- A minha mãe também teve cancro da mama e ela é uma pessoa que se deixa ir
mais abaixo, não é tão otimista como eu. Foi aí que percebi que eu ter cancro
foi uma forma de eu vir ajudar a minha mãe e tenho-a ajudado imenso e a minha
mãe tem-me surpreendido todos os dias.
Conseguiu vencer a doença?
- Ainda estou a vencê-la. Eu sou mais persistente do que ela e claro que
vou vencer. Embora haja quatro mulheres por dia que tenham cancro da mama e
dessas quatro uma morre, eu sei que faço parte das outras três. (risos)
Sem dúvida.
E as nossas amigas do Rosa Esperança:
Dia 12 de março
Local: Centro Cultural Gonçalves Sapinho da Benedita
Hora: 21h30
2 Comments:
Obrigada Isalenca, por postares esta mensagem tão importante. Realmente a Márcia é um exemplo para muitas mulheres, essencialmente mais novas.É uma carnavalesca de primeira e será uma das que estará na plateia na Benedita.
Muitoa mais há para dizer sobre esta Mulher Menina, mas como andamos muito atarefadas com os carnavais, para a semana teremos novidades. A Mácia vai ser uma das 100 Mulheres 100 cancro, assim como a mãe.
Beijocas e bom Carnaval.
Um beijinho prá Márcia e venham muitos carnavais com a mesma vontade e força de VIVER!
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