"Esta espera mata-me"
"Esta espera mata-me" - Reportagem de Jorge Correia
O que se sente, como se reage, o que se faz quando se descobre que se tem cancro? Quanto custa tratar um doente com cancro? Que opções são tomadas pelos médicos? O repórter Jorge Correia tentou responder a estas e outras questões através de um caso clínico.
Emília Guerreiro teve dois cancros na mama separados por 6 anos. A reportagem da Antena 1 acompanhou a doente e verificou como os doentes são muitas vezes tratados como objectos dentro do sistema de saúde, em particular quando se coloca a hipótese de realizar um dispendioso tratamento inovador contra a doença. O valor dos tratamentos pesa nas escolhas médicas; medicamentos e tratamentos inovadores são muito mais eficazes mas também muito mais caros, aspecto que pesa nas opções médicas e que quase nunca é discutido com os doentes. "
Esta espera mata-me", é uma reportagem de Jorge Correia transmitida em Março de 2009 no programa de informação da Antena 1 "Este Sábado". Uma grande reportagem que venceu o Prémio de Jornalismo de Excelência Novartis Oncology.
6 Comments:
Boa noite Isa,
estes comprimidos não são os que a Aidinha estava a tomar já no final??
Teve que esperar também autorização para os receitarem no hospital?
Até agora não tenho razão de queixa da forma como fui atendida no IPO, estou medicada fiz o Herceptin que sei que é também muito caro mas...espero, nunca vir a precisar de mais nada além do Tamoxifeno que estou a tomar durante 5 anos!
Beijinhos
Voltei para escrever que estou solidária como é óbvio com a Emilia Guerreiro e outras Emilias por este mundo fora!
E lamento aquelas que esperaram e não conseguíram... :( *
Os medicamentos que eu tomo também foram alvo de uma autorização especial no IPO.
O medicamento que a Aidinha tomou foi o lapatinib...
Medicamentos
Médicos pouco sensíveis a problemas financeiros dos pacientes na hora de receitar in Diário Económico
Estudo do Instituto Ricardo Jorge revela que 8,4% dos portugueses sentem dificuldades em comprar os medicamentos prescritos pelos médicos e que só 7,5% dos médicos questionam sobre dificuldades financeiras.
Apenas 15,1% dos portugueses foram aconselhados pelo médico a substituir um medicamento de marca por um genérico. Esta é uma das conclusões de um estudo elaborado pelo departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) que teve por objectivo avaliar as dificuldades de acesso a medicamentos devido a restrições económicas das famílias e a utilização dos medicamentos genéricos pela população portuguesa do Continente. Este número revela ainda pouca receptividade por parte dos médicos aos genéricos, sendo também de frisar pouca sensibilidade a limitações financeiras. É que se, 8,4% das 752 pessoas inquiridas responderam não poder comprar medicamentos prescritos por razões económicas, 92,5% dos inquiridos afirmaram que a disponibilidade económica para a compra de um determinado medicamento nunca foi questionada pelo médico. Na verdade, apenas 7,5% dos inquiridos afirmaram que estes profissionais de saúde se mostraram preocupados.
De realçar que o estudo concluiu haver uma limitação financeira mais prevalente nos idosos, nos menos instruídos, nos desempregados e nos que padecem de doenças crónicas, sendo as regiões do Alentejo e do Algarve onde se encontram as pessoas com mais dificuldades. É também no Alentejo e na região Norte onde existem mais médicos sensibilizados para possíveis problemas financeiros dos doentes.
A pouca receptividade dos médicos para com os genéricos contrasta com o significativo número de pessoas interessadas em comprar um genérico. Foram 29,3% os que responderam que procuraram junto do médico saber se haveria um genérico que substituísse o medicamento prescrito. Mas é ainda mais significativo o número de pessoas que, no acto de compra, procuraram junto do farmacêutico saber se haveria um genérico que o substituísse, 32,2%.
Há ainda o caso de ser o próprio farmacêutico a tomar a iniciativa. 20,4% dos inquiridos afirmaram ter recebido a sugestão na farmácia, de trocar um medicamento de marca por um genérico, sendo que 79,7% seguiram o conselho.
Uma conclusão interessante deste estudo mostra que 12,1% das pessoas que responderam ao inquérito do INSA não se mostram abertas a tomar genéricos independentemente do nível de poupança que teriam com a substituição. Já 20,1% mudariam de um medicamento de marca para um genérico, só a partir de um nível de poupança de 10 euros, subindo a percentagem para 67,8% que mudaria, por sua vontade, o medicamento de marca por um genérico, bastando para isso obter uma poupança até 10 euros.
Apesar de ser ainda pequena a percentagem de médicos que, por sua iniciativa prescrevem genéricos, 78% dos inquiridos afirmaram já ter sido medicados com genéricos, sendo 95% os que admitiram saber o que é um medicamento genérico, e 18,7% aquelas que referiram saber o que é o Sistema de Preços de Referência.
Quanto ao pedir informações sobre genéricos, as pessoas recorrem mais aos farmacêuticos do que aos médicos. Segundo o estudo, 80% das pessoas admitiram saber onde procurar informação, sendo que 50,7% referiram utilizar a farmácia como principal fonte de informação. É de salientar, contudo, que dos doentes crónicos inquiridos, 22,3% preferem pedir informações aos médicos e que 25% das pessoas, sobretudo na região de Lisboa, utiliza a Internet para tirar dúvidas sobre os medicamentos genéricos.
Maria João Branco, Médica de Saúde Pública do departamento de epidemiologia e Baltazar Nunes, da área de estatística do mesmo departamento são os responsáveis por este estudo, que constou de um questionário de 20 pessoas adaptadas ao método de entrevista telefónica.
Nelaaaa o medicamento é o mesmo da Aidinha. Achei que tinha ouvido bem mas como sou despassarada...agora vim ouvir de novo!
Beijokas
Estive a ouvir um bocadinho da reportagem,cheguei á parte de ter a noticia de um segundo cancro e parei,não sei ainda o que se passa comigo,mas posso dizer que a segunda vez que vem a suspeita é aterrador,pior que a primeira,talvez mais tarde oiça o resto,neste momento não consigo.
Pelo que li aqui só tenho a dizer que sempre me senti bem tratada,mas sei que há casos onde não querem ou não podem mandar fazer mais exames ou receitar certos medicamentos.
Um beijo pra todas
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